Chega!
Te amo e ouço minha voz em eco. Pilastra fria. Monólogo de atos arrastados. Cenas patéticas. Não ouço risos, só sorrisos amarelos na tentativa de disfarçar o desconforto. A falsa felicidade.
Me lembro da plateia cheia de um eu e você. Aplausos em cena aberta. Momentos de brava emoção.
Hoje a plateia na boca negra me engole. Mas antes me mastigasse num torturar de trincar de dentes… Teria sangue de interpretação. Nem isso… Só um silêncio de gritos angustiados. Te vejo ir…
As cenas são as mesmas e o improviso é necessário. Não sei como terminar. O final já estava escrito. Era grandioso! Todos os burgueses ficariam felizes com o feliz felizes para sempre feliz! Infelizmente o improviso se faz melhor na comédia. No drama me confundo. Me deixe ir… Não deixe… Se for, então irei primeiro. E o que vem antes do fechar das cortinas?
Black out.
Triste um ator sem plateia… Sem contracenação… Não gosto de jogo! O teu desconheço a regra.
Até amanhã.